Quando o assunto é saúde financeira, a recuperação de ativos para as empresas é um processo fundamental. Em especial, em um país como o Brasil que possui um alto nível de inadimplência.
Do ponto de vista do consumidor, são mais de 63 milhões de inadimplentes, conforme dados divulgados no fim de 2021 pelo Serasa.
Isso significa aproximadamente R$ 252 bilhões em contas atrasadas. Ou seja, a falta do recebimento pode prejudicar seriamente a gestão de finanças de um negócio. Assim, diante desses números, o cenário mostra-se mais propício para o fechamento de empresas.
Apesar de ser um direito das companhias, cobrar os devedores não é tarefa fácil e pode, inclusive, resultar em um processo judicial.
No entanto, mesmo com as dificuldades, ainda é possível receber os valores por meio da recuperação de ativos feita em parceria com um advogado.
Diante disso, convidamos você para fazer a leitura deste artigo e entender melhor sobre o processo. Acompanhe conosco!
Independente do ramo, quaisquer organizações que ofereçam crédito, empréstimos e compras a prazo, correm risco de sofrer com a inadimplência. Dessa forma, quando os clientes deixam de cumprir com as obrigações financeiras, a empresa pode sofrer sérios danos.
Diante desse contexto, é natural que as companhias pensem em estratégias de cobrança preventiva, a fim de evitar as dívidas dos clientes. Entretanto, isso nem sempre é eficaz.
Quando uma conta entra em atraso, a empresa precisa correr atrás do prejuízo para receber esses valores.
Nesse sentido, podemos dizer que a recuperação de ativos financeiros acontece em mais de uma fase. Aqui, existem duas etapas bem importantes: a cobrança que acontece dentro e fora da justiça. Confira.
Também chamada de negociação amigável, a cobrança extrajudicial acontece fora da Justiça. É considerada a primeira fase porque é utilizada quando a dívida ainda é recente. Ou então, quando a conta em atraso não é tão alta.
Além disso, é um processo de recuperação mais fácil, menos custoso e, dependendo do caso, mais rápido. Desse modo, a empresa cria estratégias personalizadas com o perfil do cliente e tenta oferecer formas facilitadas de quitação de dívida.
A seguir, se os valores continuam em aberto, a equipe jurídica pode ser acionada para enviar notificações ao inadimplente. Esta é a última tentativa antes de partir para ações no contencioso.
Mesmo assim, é possível que o devedor não pague os débitos. É aí que entra a fase judicial.
Quando a estratégia de cobrança amigável não funciona, é necessário recorrer à recuperação de crédito no contencioso. A fase começa após um longo período de inadimplência e várias tentativas de negociação.
Isso é importante porque para entrar na Justiça, é preciso comprovar que houve a investida, porém sem resolução. Então, se antes a presença do advogado é recomendada, aqui é obrigatória.
Porém, antes de iniciar o processo judicial, alguns pontos devem ser analisados pelo advogado. Primeiro, se a empresa tem condições financeiras de arcar com os custos da ação.
Segundo, deve-se analisar a situação, entender se a tentativa é viável e se o devedor realmente tem condições para quitar a dívida. E, enfim, verificar quanto tempo pode levar o caso ser julgado.
Apesar de ser um pouco mais complicada, a recuperação de ativos judicial tem maior garantia de recebimento do crédito. Até porque as empresas não podem arriscar e ficar sem os valores a receber, já que compromete a saúde dos negócios.
Sem se aprofundar na situação, não há como dizer qual tipo de cobrança é mais indicada para cada caso. A resposta só é possível ser obtida por meio de uma análise jurídica.
Falta de receita, desequilíbrio das finanças e dificuldades de pagar as contas da empresa são só alguns dos perigos de ter clientes inadimplentes. Isso tudo serve para mostrar que não se deve, de maneira alguma, ignorar os índices de inadimplência em um negócio. Diante de ameaças graves para a continuidade da organização, não dá para ficar sem tomar uma atitude, né? Para ajudar você a entender melhor como a recuperação de ativos beneficia as empresas, preparamos uma lista com as principais vantagens. Olha só:
A regra é simples: se está saindo mais dinheiro do que entra, algo está errado. Nessa situação, o empresário pode acabar ficando sem receita para pagar as obrigações financeiras do negócio.
E aí, recorre aos empréstimos ou acaba se tornando inadimplente também.
Ou seja, recuperar ativos quer dizer garantia de receita e um fluxo de caixa equilibrado. Com isso, a sua empresa pode continuar funcionando tranquilamente.
Mesmo que as vendas estejam indo bem, nenhum negócio é capaz de sobreviver muito tempo com inadimplência alta. Pare para pensar: do que adianta vender, se não está recebendo?
A geração de receita é essencial para que as coisas continuem funcionando como devem e cresçam. Em síntese, a recuperação de crédito também protege a empresa de quebrar financeiramente e falir.
Quando há inadimplência, significa que não há previsão de receita. E, diante dessa imprevisibilidade, torna-se impossível planejar investimentos e criar novos projetos de ampliação.
Porém, em um cenário de ativos recuperados, fica mais fácil prever a receita e planejar os próximos passos de crescimento para o negócio. E aí, é só expansão!
Quando você mostra ao cliente que deseja ajudá-lo, as chances dele pagar a dívida e ainda continuar comprando no negócio são muito maiores. Nesse aspecto, a recuperação de ativos também serve para manter o seu público.
Com a possibilidade de novos créditos, o consumidor se sente estimulado para continuar comprando.
O processo de cobrança de valores em atraso é bastante complexo e, para ser efetivo, requer expertise profissional. Isto é, se uma empresa está passando por esse problema, o melhor conselho é que ela passe a responsabilidade para quem entende do assunto.
Além do mais, a atividade requer uma atenção especial. E nem sempre gestores e funcionários da companhia têm o tempo e a habilidade necessárias para estar à frente disso.
Não é à toa que existem escritórios de advocacia especializados na recuperação de crédito, judicial e extrajudicial. Independente da fase que seja necessária para recuperar os ativos de uma empresa, o ideal é sempre contar com uma assessoria jurídica.
Isso porque o conhecimento de quem tem experiência é indispensável para fechar acordos e gerar a receita necessária. E, como você viu, os benefícios valem o investimento.