Golpe do Pix causou prejuízos de mais R$ 10 milhões, conheça tudo sobre

Feb 27, 2023

O Sistema de pagamentos instantâneos Pix possui inúmeras vantagens, principalmente por não cobrar taxa alguma. Mas, apesar de seus benefícios e agilidade, esse sistema se tornou um alvo fácil para a realização de fraudes. Conheça o Golpe do Pix que causou prejuízos de mais de R$ 10 milhões.

Esse tipo de situação acaba deixando as instituições financeiras em alerta aos riscos que podem deixar o Pix vulnerável.

Atualmente, uma nova forma de golpe aplicado por bandidos utiliza o Pix, do Banco Central (BC), para extorquir dinheiro. No caso específico, a maioria das vítimas são prefeituras do interior de São Paulo e Minas Gerais.  

Segundo reportagens, os golpistas se aproveitaram de um grande vazamento de dados que ocorreu em 2021. Com essas informações, os bandidos entram em contato com a vítima se passando por funcionário do banco.

Nessa conversa, eles informam que é necessário fazer uma atualização no cadastro. Feito isso, a quadrilha envia um link de site falso - similar ao do banco - para as vítimas fazerem a atualização. 

O município mais prejudicado foi Pirapozinho, em São Paulo. Com apenas 30 mil habitantes, a cidade teve um prejuízo de quase R$ 2,6 milhões. Esse dinheiro seria utilizado para realizar o pagamento dos funcionários públicos e para investir no transporte de estudantes e na merenda escolar.

Como a quadrilha realizava os golpes?  

No ano passado, um grande vazamento de dados liberou informações pessoais de diversas pessoas. As informações expostas para qualquer um acessar. 

Assim, os bandidos tiraram proveito da situação e entraram em contato com servidores que movimentavam as contas das prefeituras. Para isso, acabaram se passando por funcionários de bancos.  

A quadrilha informava que era preciso fazer uma atualização no cadastro e, em seguida, enviaram um link de site falso, idêntico ao do banco. 

Assim que os dados eram cadastrados, o golpe era finalizado. Os bandidos conseguiam as senhas da prefeitura e realizavam transferências significativas de dinheiro público por PIX para diversas contas.  

Esse tipo de transferência dificulta bastante o rastreamento, principalmente devido a quadrilha diluir os valores para centenas de contas. Além disso, eles utilizavam moedas digitais e máquinas de cartão de crédito. 

Os próprios estelionatários debochavam do sistema de fraude do banco e da facilidade que era fazer a transferência. 

Para chegar até a quadrilha, a polícia teve que percorrer um longo caminho. Primeiro, foi preciso identificar os beneficiários dessas transferências.

No dia 18 de outubro de 2022, uma operação foi realizada, prendendo 11 pessoas envolvidas. Outros 3 envolvidos estão foragidos. Mas isso não é o suficiente para acabar com os golpes, tendo em vista que qualquer pessoa pode realizá-los.  

Como não cair em um golpe de Pix? 

O Banco Central ressalta que não existe risco de vazamento de chaves Pix. Porém, se existe alguma forma dos bandidos coletarem essas informações, eles conseguem fazer cruzamento de dados. Então, a ferramenta pode facilitar a invasão de contas bancárias ou aplicação de golpes por links. 

Existem formas de evitar esses vazamentos de dados, que são dicas simples, porém necessárias. A principal delas é tomar cuidado ao compartilhar sua chave Pix com qualquer um, além de não colocar os dados em sites que parecem suspeitos. 

Em relação ao golpe aplicado pela quadrilha, é importante prestar bastante atenção. Isso porque é preciso lembrar que instituições financeiras não entram em contato dessa forma, muito menos enviam links de acesso aos clientes. 

Caso isso aconteça, o mais indicado é ligar para o banco por outra linha telefônica, considerando que os bandidos conseguem continuar na linha caso ela for fixa. 

Além disso, vale ressaltar que, após a transferência ser realizada é extremamente difícil reaver o valor. O Pix não permite cancelar a transação, já que sua proposta é o envio instantâneo.

Mas, se enviado a algum contato por engano, você pode entrar em contato com o banco ou com o contato para reaver o valor. Entretanto, se o valor for enviado à conta de um golpista, é praticamente impossível descobrir quem é o titular daquela conta e o banco não costuma restituir o dinheiro.

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