As empresas “VLOM” e “LBVL” realizavam golpes financeiros em suas vítimas. Assim, eles utilizavam os sites “Aprenda Investindo” e “Investing Brasil” para atrair pessoas até as corretoras. Estima-se que 1,5 mil pessoas foram enganadas com falsas promessas de investimentos.
As vítimas, na maioria idosos, faziam transferências bancárias para contas jurídicas dos criminosos. Dessa forma, os valores, ao invés de investidos para gerar os juros prometidos, eram convertidos em Bitcoin e bens de luxo. O prejuízo estimado é de R$ 100 milhões.
As empresas VLOM e LBLV se apresentavam como empresas atuantes nas bolsas de valores. Sendo assim, eles faziam inúmeras propagandas nas redes sociais e TV oferecendo lucros atrativos. Além disso, tinham como garoto propaganda um famoso ex-jogador de futebol Brasileiro que se denominava o “Embaixador oficial da LBVL”.
Após denúncias das vítimas, foi descoberto o esquema fraudulento, resultando na operação policial conhecida como “Black Monday”. A operação prendeu os sócios da empresa, apreendeu diversos carros de luxo e tomou ciência de imóveis de alto padrão e compra de Bitcoins.
A operação “Black Monday” teve início em 2020, quando uma das vítimas fez uma denúncia. Dessa forma, o Ministério Público de Minas Gerais foi alertado. Assim, foi descoberto que os criminosos utilizavam os sites “Aprenda Investindo” e “Investing Brasil” para enganar as vítimas.
As empresas atuavam na área de investimento, e vendiam cursos online com promessa de lucros superiores ao valor de mercado. Com isso, diversas pessoas foram enganadas. Elas transferiam seu dinheiro para uma conta jurídica e acreditavam que estavam operando no mercado.
À medida que os criminosos conseguiam os dinheiros das vítimas, eles convertiam os valores transferidos para criptomoedas. Dessa forma, compravam casas de alto padrão e carros de luxo para si.
Primeiramente, as pessoas acessavam os sites “Aprenda Investindo” e “Investing Brasil” e realizavam seus cadastros. Em seguida, uma pessoa que trabalhava com a organização criminosa se apresentava como uma corretora.
Era nesse momento que os pacotes de investimentos eram oferecidos, em especial os investimentos na bolsa de Nova Iorque. As vítimas transferiam o dinheiro para uma conta de pessoas jurídica no Brasil. Mas esse dinheiro nunca foi aplicado no produto prometido.
As vítimas acreditavam que estavam fazendo um investimento, quando na verdade estava caindo em um golpe de pirâmide financeira. Nele, os criminosos convertiam o dinheiro investido em criptoativos para si e adquiriam casas e carros de luxo.
De acordo com o Ministério Público, grande parte das vítimas eram idosos e tinha o conhecimento mínimo a respeito de investimento em Bitcoins. Dessa forma, todos eles investiram grandes quantidades que levaram uma vida inteira para conseguir.
Assim, os criminosos se aproveitavam do desconhecimento das vítimas a respeito de investimento para conseguir o dinheiro e usar de forma indevida. Para convencer a vítima, eles prometiam juros e retornos que seriam impossíveis de atingir.
A primeira denúncia que alertou o MP veio de uma idosa, residente de Pouso Alegre, em Minas Gerais. A partir daí, diversas outras seguiram, dando início à operação “Black Monday”.
O esquema fraudulento utilizava dois sites, “Aprenda Investindo” e “Investing Brasil”, para atrair as vítimas. Assim que faziam seus cadastros, elas eram direcionadas para as corretoras VLOM e LBVL.
Os investidores realizavam valores significativos em transferência bancária para diversas pessoas jurídicas no Brasil. Mas o valor não era investido, e sim desviado e convertido em Bitcoin. Estima-se que 1,5 mil pessoas foram enganadas, resultando em prejuízos de mais de R$ 100 milhões.
A investigação criminal envolveu cerca de 200 agentes públicos, incluindo delegados, policiais civis, policiais rodoviários federais e promotores. Nela, foi desarticulada uma organização que aplicava golpe de pirâmide financeira envolvendo falsas corretoras de valor.
Os acusados fazem parte das corretoras ‘VLOM’ e da ‘LBLV’, e atuavam em 12 estados brasileiros. Então, as ações se deram em Pernambuco, Minas Gerais, São Paulo, Paraíba, Bahia, Alagoas, Goiás, Maranhão, Rondônia, Santa Catarina, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
As investigações iniciaram após uma das vítimas fazer a denúncia em 2020. A operação “Black Monday” apreendeu diversos bens de luxo dos golpistas. Além do crime de pirâmide financeira, os acusados são suspeitos de lavagem de dinheiro e crime contra relações de consumo.
O MP de Minas Gerais irá reembolsar as vítimas da pirâmide financeira com o valor dos bens recuperados. Além disso, um dos acusados concordou em devolver R$ 25 milhões, valor que está sendo quitado em Bitcoins.