O mercado de criptomoedas vem crescendo bastante nos últimos anos, não apenas no Brasil como, também, no mundo. No entanto, muitas pessoas ainda o consideram um segmento um tanto quanto nebuloso e difícil de prever. Nesse cenário, muitos empresários aproveitaram para investir no setor - e um deles foi Francis Silva, sócio da Rental Coins.
Francisley Valdevino da Silva, mais conhecido como Francis Silva, é um empresário sócio administrador de diversas empresas do ramo financeiro. Todas têm como foco principal a administração de criptomoedas, sendo a Rental Coins, Compralo e Forcount Crypto as mais conhecidas pelo público.
Acontece que cada uma das empresas oferece um serviço diferente dentro do segmento de criptoativos. A Rental Coins trata-se de uma exchange baseada na locação de criptomoedas, enquanto a Compralo apresenta-se como um meio de pagamento e carteira digital e a Forcount um espaço para investimentos em criptos.
O problema é que, com a exceção da Compralo, todas as demais empresas de Francis já estiveram envolvidas em escândalos. Uma delas, inclusive, está sendo investigada pelo Ministério Público e Polícia Civil, por suspeita de ser utilizada em um esquema de fraude semelhante à pirâmide financeira.
Para entender um pouco mais sobre quem é Francis Silva, é necessário compreender o caminho percorrido por ele até os escândalos da Rental Coins e Forcount. Publicações do empresário no Medium mostram que ele já trabalhava com Marketing Multinível desde 2016, quando lançou a Wolkeb Club.
A empresa se apresentava como um clube de descontos para conveniados que oferecia rendimentos mediante um investimento. No entanto, desde o seu lançamento, diversas reclamações começaram a surgir. “A empresa só paga quem traz novas pessoas para rede, como eu não trouxe ninguém a empresa simplesmente não me paga”, comentou um usuário no Reclame Aqui.
A empresa, então, foi acusada de ser nada mais nada menos do que um esquema de pirâmide. Ela atraía funcionários com a promessa de altos rendimentos com base em investimentos e a condição de trazer novos investidores. Assim como todas as pirâmides, quando não há investidores chegando, não há mais rendimentos.
Nos últimos anos, o nome de Francis Silva esteve associado a três empresas citadas anteriormente, Forcount, Rental Coins e Compralo, todas do ramo de criptomoedas. Foi com a Forcount e a Rental que o empresário passou a ser alvo de acusações de esquemas e fraudes financeiras.
Tanto a Forcount quanto a Rental Coins renderam dores de cabeça e processos para Francis Silva. A primeira
Tanto a Rental Coins quanto a Forcount renderam dores de cabeças e processos para Francis Silva. A primeira resultou em um processo impetrado em nome de 20 investidores da plataforma, com uma ação no valor de R$ 4 milhões, sobre a acusação novamente de esquema de pirâmide.
Os advogados afirmam ter comprovado que a Forcount agia com base em um esquema de pirâmide. As vítimas, por sua vez, diz que Francis utilizou a empresa para captar dinheiro, investir em um ativo digital e devolver aos investidores uma criptomoeda falsa conhecida como Mindexcoin, a qual não possui nenhum valor de mercado.
Já com a Rental Coins, a questão é ainda mais complexa. A empresa também é suspeita de funcionar com base em um esquema de pirâmide, de acordo com reclamações de investidores no Reclame Aqui e, também, em denúncias divulgadas pela imprensa ainda em 2022.
Reportagens mostram que a Rental Coins captava valores de investidores oferecendo um rendimento de mais de 7% por mês - algo impossível para o mercado financeiro nacional. Em um determinado momento, as pessoas deixaram de receber os investimentos e não conseguiram sacar os seus ativos.
Apesar de já ter o seu nome associado a esquemas de pirâmide, prática considerada crime no Brasil, Francis Silva não está preso. No entanto, atualmente, uma de suas empresas é alvo de investigação por parte das autoridades brasileiras. No entanto, o processo segue em segredo de Justiça.
Nesses anos todos, Francis nunca teve a sua prisão decretada. Ainda assim, são muitos os processos voltados contra o empresário, os quais se acumulam desde a época do Wolkeb Club - e seguem, agora, com as suas atuais empresas.